sábado, 9 de fevereiro de 2008

Que ilações deveremos tirar

Passado que esta o show time liderado por um grupo de moçambicanos que rapidamente foram apelidados como sendo jovens vândalos que se insurgiram contra a subida do preço dos transportes sime-colectivos de passageiros da cidade de Maputo, designados como chapa cem junto da comunidade, show time este que teve a solidariedade de todos os utentes do chapa cem, manifestando-se insatisfeitos pela subida do preço do chapa cem sempre que tiveram oportunidade de o fazer junto dos médias.

A mim como cidadão uma das primeiras coisas que eu pergunto a mim mesmo é quem são estes moçambicanos que levaram o governo a intervir na escalada galopante do preço dos chapa cem, aqui não coloco a questão se a intervenção foi boa ou ma talvés
em outro momento discutirei o assunto mas verdade seja dita conseguiram os seus objectivos o preço do chapa cem continua onde estava e assim só é porque os reis desceram para junto do povo para lhes satisfazer as necessidades, estávamos habituados desde que nos conhecemos enquanto nação saída dos acordos de Roma que o lugar do governo é no poleiro a armar os seus esquemas em nome da governação e que o lugar do povo é no seu meio, não havendo deste modo relacionamento entre o governo e o povo estávamos enganados mesmo adormecida a soberania reside no povo, se o povo quiser sobem e caem governos pela mão da expressão popular, o povo unido jamais será vencido, vida ou morte vencera sempre o povo. Assim como primeira ilação conseguiram por o governo a mexer-se bem ou mal mas mexeu-se.

Os actos protagonizados pelos jovens que em bom rigor não são grevistas como se tem escrito mas sim manifestantes em sentido próprio do termo, pela aderência solidária que tiveram junto da população leva a perguntar que tipo de governo queremos nos para levar a bom termo os destinos da população, de salientar que os manifestantes não se insurgiram contra este ou aquele segmento de governação insurgiram-se contra a subida do preço dos chapa e junto dos transportadores, com certo atrevimento podemos dizer que se tratou de legitima defesa preventiva estava em causa o ataque aos seus bolsos sem que isso acompanhasse o aumento dos salários ou do poder de compra, daqui digo que a manifestação foi um ajuste de contas com intervenção a posterior do ministro dos transportes e comunicações, intervenção esta que mesmo que não tivesse ocorrido a manifestação não teria abrandado, sendo uma bóia de salvação para os detentores dos veículos que prestam o serviço de chapa cem, agora a sua actividade será subsidiada pelo estado e mais uma vez o povo não esta nem ai.

É preciso mudar de atitude, principalmente por parte de quem tem o poder de administração do país, se não fosse o povo não haveria governo, será que não bastou a guerra da estabilidade e da liberdade democrática que safou a vida a milhares de inocentes e militares por parte dos beligerantes, guerra que nos livrou do pensamento oficial e do partido único, partido que sempre esteve no poder, questão que deixo para analise socióloga por parte de quem tem a arte, quantas mais manifestações como estas serram necessária, será que será necessária uma manifestação na separação de poderes na saúde educação justiça protecção social desporto e juventude dentre outras áreas vitais para o desenvolvimento da nação saída dos acordos de Roma, que teve como primeiros filhos e dependentes do governo e da lógica do partido sempre poderoso o STAE e a CNE, Instituições que deveriam estar totalmente independentes competindo-lhes as funções de natureza técnica de tutela, gestão e administração eleitoral.

Aos manifestantes deixo o meu abraço fraterno na esperança de que esta foi apenas a primeira de muitas e longas batalhas que ainda estão por vir e em varias frentes pois este é o tempo de mudanças não deixem para amanha tem que ser hoje para tal organizem-se e o sol brilhara com recurso a manifestações como esta que tivemos em relação ao preço do chapa cem, eu sei que não será fácil por isso é tempo de nos pensaremos numa terceira via de administração do pais sem bases nos partidos que estão na cena politica actual do país.
O país é nosso e o governo do país também, não existe o país a sul centro e norte existe apenas um Moçambique que neste momento que falamos é dos mais pobres do mundo, não existe pessoal do campo e da cidade, pobres e ricos mais sim moçambicanos.

Preciso é ter um projecto para o desenvolvimento do pais, projecto que tem que ter em conta a inclusão de todos e cada um dos moçambicanos e alcançar todos os sectores, a manifestação contra a subida do preço dos transportes foi apenas um sinal, as coisas não vão bem na relação povo e administração do pais e palavra de ordem é a mudança baseada na inclusão de todos e cada um dos moçambicanos só assim alcançaremos uma verdadeira comunidade moçambicana baseada na garantia dos direitos e liberdades dos cidadão justa e fraterna.

By Hedjra

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