terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

A CHAMA DE UNIDADE NACIONAL, FERIDA




CULTURA ANTIDEMOCRATICA EM QUELIMANE

Não quero acreditar que em Moçambique, volvidos os anos (16) de paz e democracia no país mesmo com a caracterizadora corrida as urnas de forma livre e justa, com a consequente aprovação dos resultados do mesmo e a pratica dos fins últimos da mesmas, aos vencidos e vencedores ainda haja quem paute-se por uma cultura antidemocrática.


“…de repente as casas que têm acolhido este tipo de eventos, simularam que estavam ocupadas. Desde a Casa Provincial de Cultura, Instituto de Formação de Professores, ex-IMAP, Cine Estúdio e outras tantas. Isto porque, segundo fontes seguras, o líder da RUE não poderia ter espaço para realizar as suas actividades políticas. Grave situação que se vive em Quelimane. Mesmo com dinheiro nas mãos, as diversas casas foram recusando os pedidos efectuados. Algumas porque estão sub auspícios do partido no poder, outras porque os dirigentes seriam conotados como se fossem do outro lado, como se tem dito… in diário da Zambézia; diariodazambezia@gmail.com


Não sei se é politica da FRELIMO proibir a convivência entre os simpatizantes da RENAMO e da mesma ou por receio de represálias por parte da Frelimo, vive-se um clima de repudio a RENAMO, cultivando-se uma ferida na proclamada, pela própria Frelimo “chama da unidade nacional” pois acredito numa convivência comum, sem cores nem ideologias por forma a que, de facto, estejamos a lutar por uma única e justa causa, a causa de todos moçambicanos, unidos do Rovuma a Maputo e despida de preconceitos.


Mas também é pertinente perguntar o que é que a FRELIMO, tem feito aos proprietários das diversas casas, que recusaram ceder o espaço ao líder da RUE para a realização de encontros com os seus membros e simpatizantes ou por outras o que é que este tem feito para que lhe seja recusada a cedência dos referidos espaços?


É urgente que os partidos políticos adoptem nas suas bases, o dever cívico, que alias é sua função, incentivar no seio dos moçambicanos uma cultura democrática, uma cultura de paz e segurança que possa culminar na verdadeira e mais justa unidade nacional

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