Passadeiras, autênticos corredores da morte.
Instituto Nacional de Viação (Inav), apenas preocupada no seu discurso com as cartas de condução como condição de respeito para com as exigências atinentes a integração regional de Moçambique, esquecendo-se da capacidade e qualidade dos detentores das cartas como utentes da via pública, que nas suas actuações na via pública diferem bastante dos restantes automobilistas da região.
No entanto mesmo assim, os automobilistas moçambicanos continuarão a margem dos padrões cívicos e culturais da região, pois o respeito pelas passadeiras, pelas vias de rodagem e um estacionamento dentro das regras de trânsito adoptadas universalmente e na região estão muito aquém das capacidades do automobilista moçambicano.
É frequente ver o estacionamento na faixa de rodagem, velocidades excessivas dentro das localidades, ultrapassagens perigosas não só para outros automobilistas como para os peões e o desrespeito generalizado pelas passadeiras o que, regra geral, não acontece nos países da região, com excepção da africa lusófona. Somos o país da região com menor parque automóvel e maior taxa de sinistralidade e mortalidade nas estradas.
O que a meu ver, urge sensibilizar quer aos automobilistas quer aos próprios agentes da lei e ordem bem como o INAV, no sentido de fazer de fazer respeitar estas regras, que por estarem em desuso na nossa sociedade nos tem levado a suportar elevados custos quer com os danos causados no património municipal quer pelas vidas humanas perdidas por algo facilmente evitável pois depende do mero dever moral de cada utente da rodovia.
Foi com bastante tristeza que fiquei ao ver um automobilista depois de tantos que como habitual na nossa cidade, disputam a prioridade com os piões que se fazem as passadeiras, desatar aos insultos pois estava com bastante pressa que não podia perder uns segundos para que os peões pudessem atravessar e olha, que tratava-se maioritariamente de crianças. Para o meu maior desagrado o sucedido deu-se as barbas de dois agentes de autoridade que pautarem-se pelo silêncio mesmo quanto aos insultos que eram bastante graves para serem proferidos na via pública e para crianças.
Acredito que não será tarefa fácil para o INAV, nem mesmo para a policia, mas urge agir nos sentido de reduzir estes constantes abusos por parte dos condutores que levam a acidentes e ceifam milhares de vidas quer nas estradas com maior realce para as passadeiras, são os condutores de chapa e ate mesmo jovens (dr) licenciados, os piores exemplos da nossa praça que habitualmente dirigem-se aos locais do copo conduzindo e já com os copos metem-se na rodovia – que custa pegar num táxi ou uma boleia para evitar danos materiais e pessoais?
Pense em quantos atropelamentos na passadeira, em quantos acidentes assistimos diariamente quer por causa do álcool quer por causa do uso de telemóveis na condução quer pela má conduta nas rodovias.
Sensibilize o seu próximo! Vamos erradicar as mortes da estrada!
1 comentário:
gostei do seu texto. também já pensei sobre o assunto e senti-me muitas vezes desrespeitado como peão. em maputo nem param em passadeiras nem mesmo com o sinal está verde para o peão. gostava de fazer algo para reivindicar os direitos dos peões e fazer cumprir a lei e aumentar a segurança nas nossas estradas.
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