segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

GOVERNO NADA FAZ PARA TIRAR O POVO DA POBRESA, EMBORA COM RECURSOS

Numa altura em que é inocultável a influencia do voto e da opinião da maioria dos cidadãos, o investimento estatal mostra-se muito a quem das expectativas do povo e das capacidades do país.

Moçambique, um país tão extenso, repleto com os mais variados recursos que podem servir de alavanca para o dinamismo da nossa economia, gerando emprego e consequente aumento de postos de trabalho, o que por sua vez gerava um significativo aumento quer do consumo interno, quer das exportações, mas que tudo isto depende da existência de mão de obra qualificada, com vista a um correcto aproveitamento dos mesmos. Não se investe, quer na qualificação quer na exploração dos mesmos, talvez a espera de uma mão divina que com um toque mágica e com o clicar dos dedos, é zás lá estaremos, lá teremos.

Com as mais variáveis fontes de produção de energia, dispersas pelo país – desperdiçadas - nada é feito com vista a um correcto aproveitamento dos mesmos. Somos abençoados com o sol, com o vento, durante os trezentos e sessenta e cinco dias, o ano inteiro e também com uma vastíssima orla marítima, caracterizada por fortes ondulações mas nada fazemos com estes recursos bastante saudáveis para a natureza e manutenção da biodiversidade, sobretudo com baixos custos de produção de energias renováveis e que podem até certo ponto substituir o petróleo e derivados, motivo da discórdia do povo com relação a politica governamental. Mas temos um ministério do ambiente, um ministério da indústria e energia que nem com o lixo consegue pensar na produção da energia, talvez por isso acredite ser saudável tê-lo pelas ruas espalhado.

Com as mais variadas terras aráveis e mais diversas culturas, facialmente cultiváveis e diversos recursos hídricos e acessíveis, dada a forma de relevo que nos favorece, continuamos, a espera da actuação da natureza com vista a produção de recursos para a nossa sobrevivência, mas que, porque não podemos esperar tanto tempo, somos coagidos a pensar numa agricultura familiar e não numa industrial, que possa de facto, servir o país empregando mais gente, alimentando mais gente, exportando, apenas o excedente.

Com recursos minerais e energéticos bastante acessíveis e de fácil exploração devido aos seus baixos custos à natureza e de baixo custo do investimento na exploração, continuamos fechados ao desenvolvimento ignorando a cultura global, que hoje, os países talvez com menores condições para a exploração destas, recorrem mais a estes, por forma não só, minimizar os danos causados a natureza como também a minimizar quer os custos de produção quer os recursos na aquisição de energia para os consumidores; exemplo típico, negativo do nosso Moçambique é o do gás de Pande, apenas serve para exportar em detrimento do desenvolvimento do próprio país, pois quanto menos custoso for o preço do acesso à energia maior economia, faz o povo – positivo não só para as famílias como para o país e o nosso governo ainda acha obter maiores ganhos apenas com a exportação em detrimento do consumo domestico. Implicitamente, incentivando o abate excessivo e clandestino de arvores e destruição do ecossistema para a produção de energia domestica nos arredores dos centros urbanos.

Somos pobres porque assim o queremos ou porque o governo nada faz?

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