O DESPERTAR DO POVO
Um povo humilde que sempre, tentou aprender a conviver e viver de mínimos a baixos dos convencionalmente aceites, para uma vida sã e saudável, mas a dias como que convidados a acordar por um sociólogo, apátrida, que afirmara depois dos seus firmes estudos científicos que os moçambicanos eram um povo pacifico, mas que demonstrávamos estar cansados e como antes também um grupo de juristas afirmara (sem domínio dos métodos de interpretação da lei) não ser possível punir os responsáveis pelos linchamentos que aconteciam um pouco por todo país, demonstrado a fraqueza quer do governo quer da própria maquina judicial.
Habituados ao poder e conforto do mesmo, o poder politico, continuou relaxado, esquecendo-se de que o povo começava a despertar com o cansaço trazido pelas sucessivas injustiças de que eram alvo; O desenrolar do paiol (governo de familiares ou simplesmente ligados por favores em detrimento da capacidade e competência); depois o aumento do preço do pão (empresáriado e governo são o mesmo) mas tudo isto era como que o despertar do povo nunca do governo.
E agora com o preço dos transportes, depois de falaciosas negociações, pois o, povo já estava convicto e convencido de que eram os mesmos que negociavam entre si depois de eles próprios terem definido meses antes um miserável salário mínimo muito aquém da taxa de inflação e mais uma vez demonstraram claramente não serem aquele governo social que se intitulam pois pautaram classes no próprio salário mínimo ao atribuir diferentes categorias de salários mínimo, demonstrando claramente a existência de diversas classes dentro da própria classe trabalhadora. (segregação social)
Não é o inicio de uma revolução, sem precedentes pois o povo perde a paciência, descobriu que não foram os 16 anos de guerrilha que os mergulhou na pobreza absoluta, pelo contrario libertou-os, levando-os a uma democracia, embora mitigada, e que sempre tive um governo incapaz de dirigir eficazmente os destinos e desígnios da nação, pois volvidos 12 anos de paz, se não construção de fortunas e burgueses, que infra-estruturas construiu?
Que sistema básico de saúde criou?
Que hospital construí?
Quantos médicos, quantos professores formou?
Que postos de emprego criou?
Que programa habitacional para os jovens criou?
Que sistema de transportes criou? Assistiu ao fecho dos transportes oliveiras, sem alternativa nem mesmo uma solução saudável para o povo, mas porque se não ditavam o final dos “chapas”, dos quais são detentores.
Será que estaria a incentivar a mais uma revolta popular ao afirmar que amanhã sairão os jovens a rua, em busca de uma politica habitacional? Não, não acho
Infelizmente não podemos contar, quer com uma monção de censura, muito menos com uma de confiança ao governo ou um Impeachment, pois o governo é coberto por um presidencialismo exacerbado, e a Assembleia não sei se absorvida pela ideologia partidária e sem capacidade de analise e reflexão ou se apenas pelo salário e regalias em detrimento da vontade do eleitorado que o conferiu confiança e legitimidade para a defesa dos seus interesses.
É altura para que Guebuza, Luísa Diogo e seus pares não querendo se ver a recorrer a programas outrora seus, como operação produção, a operação tira camisa, ganharem consciência da realidade actual e analisarem arduamente o seu desempenho nos destinos do país. Pois o povo exerceu e continuará a exercer o seu direito de resistência e a policia continuará ferindo os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.
Em memória as vitimas mortais da revolta popular
sábado, 9 de fevereiro de 2008
O POVO EXERCEU O SEU DIREITO DE RESISTENCIA
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