quinta-feira, 15 de maio de 2008

KHADAFI O NOVO PANAFICANISTA REVOLUCIONÁRIO OU REACIONÁRIO ?

Khadafi, líder Líbio, ao apelar a edificação dos Estados Unidos de África, com vista a fazer face novamente às intenções colonialistas das forças externas e evitar o crescente atraso, que se mostra generalizado, em África, chamando atenção do povo, a necessidade de mobilizar os trabalhadores africanos para exercer uma pressão sobre os dirigentes do continente a fim de os levar a executar a vontade do povo na construção dos Estados Unidos de África, “a verdadeira unidade africana”.

Reconhece, Khadafi, que a batalha é dura entre as nossas aspirações e a esperança dos povos Africanos desejosos de ser fortes, livres, unificados e entre os factores de confronto e de desafios internos e externos que não querem que se alcance este objectivo - edificar um Governo Federal Africano que levará à unificação dos sectores da indústria, da agricultura, da saúde, do ensino e de todas as potencialidades e riquezas africanas pilhadas.

Numa altura em que a economia mundial, caracteriza-se por sinais que evidenciam a necessidade dos países africanos, tipicamente produtores de matéria prima barata para o ocidente se auto-afirmarem no seu todo, conjugando esforços para a sua auto determinação e sustentabilidade, porque afinal África é repleta de recursos quer alimentares quer energéticos suficientes para alimentar as suas necessidades e tornar-se sobretudo, o sustentáculo dos países ricos bem como dos de desenvolvimento médio, acto que o havia de os livrar da forte, embora desnecessária dependência dos organismos e instituições internacionais (grandes lobbies ocidentais) que aproveitando-se quer do fraco investimento na educação, que se verifica na maior parte dos países africanos bem como aliada a ignorância dos seus lideres e forte ambição para, sem esforço, se tornarem em grandes senhores do capitalismo, sujeitando os países e o continente a uma forte exposição que a titulo de ajuda (crescimento da divida publica) mas com fortes indícios para um recuo na história de África, mais concretamente dos países com governos com menores capacidades administrativas e de governação dos seus espaços e recursos, mantendo as suas economias e capacidades produtivas muito abaixo da realidade das mesmas – dão lugar a uma gradual sujeição a um processo de (re)colonização dos mesmos, pelos outrora espoliadores a titulo de civilizadores e estes lideres corrompidos pelo tempo e suas necessidades próprias, não reflectem no porquê das guerras contra o colonialismo – tornando os libertadores dos povos africanos nuns simples terroristas.

De realçar que volvidos anos de colonização e forte exploração e desrespeito pelos ascendentes dos povos africanos e sem um pedido de desculpas formal e indemnização como forma de reconhecimento pela pilhagem feita aos povos africanos e seus países - desrespeito pelos direitos destes povos, facto que acontecera até, mesmo após a publicização quer da carta universal dos direitos do homem quer da convenção europeia dos direitos do homem – o povo africano continuo objecto do homem espoliador e hoje ainda há chefes de estado e de governo que afirmam tenazmente e sem vergonha a vontade de concretizar a indemnização as instituições destes estados espoliadores que conscientes dos seus actos humilharam durante séculos os povos africanos, mas que não reconhecem ter sido um erro brutal e que careça no mínimo de um pedido de desculpas formal ao povo, facto que a acontecer será apenas mais uma pilhagem, desta vez consentida, ao povo.

Se o povo pudesse ser auscultado (referendo) o povo não seria, mais uma vez pilhado!

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